Devo, antes de mais nada, salientar que via o jogo do Corínthians como favas contadas, e admito que isto se devia à mais pura ignorância. Não acreditava que o Deportes Tolima, da Colômbia, alcançasse placar tão imponente como o 2 a 0, que eliminou o alvi-negro da Libertadores 2011. E como não assisto à programação esportiva da Band, acabo tendo pouca ou nenhuma informação sobre o Coringão, que é o mote da emissora. Assim justifico o elevado crédito que dei à equipe paulistana.
A derrota do Corínthians para o Tolima atingiu o que parecia impossível: ofuscou a estreia de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo como o principal assunto da semana no futebol brasileiro. Mesmo que flamenguistas deslumbrados da imprensa, como Eric Faria, deem ao jogo do campeonato carioca a mesma conotação de uma final de copa do mundo, não há quem não tenha perguntado na manhã desta quinta-feira “e o Corínthians ontem, hein?”.
Sem papas na língua, a fiel elegeu seus vilões: Ronaldo, Roberto Carlos, Tite e Andres Sanchez. Escolha óbvia, cabe ressaltar.
Sobre Ronaldo Nazário,ora chamado de Ronaldinho em seus bons tempos de arrancadas mortais, o “Gordo” já perdeu ótimas oportunidades para se aposentar sem que sua imagem saísse arranhada perante os fãs. Está protelando uma medida que já o teria poupado de inúmeros constragimentos, como o de ontem. No entanto, ele prefere seguir desfilando uma forma física absurda para um profissional, num tempo em que a evolução da preparação física permite que os boleiros cheguem aos 34 em boas condições, bem diferente do que ocorria no passado.
Já o outro Ronaldo, o de Assis Moreira, fez seu primeiro jogo com a camisa rubro-negra. Com o apoio irrestrito da torcida, apresentou o mesmo futebol que o colocou na reserva do Milan nos últimos anos. Apagado, simples, quase inofensivo. Mas este blogueiro não costuma falar de campeonatos estaduais, por considerá-los demasiadamente inúteis e desimportantes, como foi a partida do Flamengo na noite passada.
Voltando à pré-Libertadores, o Grêmio enfrentou dificuldades para superar o pífio Liverpool, do Uruguai. Com problemas evidentes na zaga, o tricolor saiu perdendo, mas graças às boas atuações de alguns jogadores, como Vinícius Pacheco e Rochemback, alcançou o escore de 3 a 1, que o classifica para o grupo 2.
Em breve, a bola vai rolar pela Libertadores, e então o ano começará para quem ama o futebol competitivo em jogos importantes, carregados de tensão e pressão.
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