sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sul-Americana na reta final

Palmeiras x Goiás e Independiente x LDU farão as finais da Sul-Americana. Há várias maneiras de tentar projetar o que vem pela frente. A primeira é o que boa parte da nossa mídia escolheu: dar o Palmeiras como favorito, mesmo sem ter visto um único jogo dos concorrentes estrangeiros.
Outra possibilidade (na verdade apenas uma variante da primeira) é projetar uma decisão entre Palmeiras e Independiente, e supor que o verdão terá vida dura, já que os Rojos, afinal, são o "Rei de Copas", o maior vencedor da história da Libertadores.
Infelizmente o Independiente não mete mais medo em ninguém. Não vence um campeonato argentino desde 2002, e não chegava a uma semifinal de torneio continental desde 1995, quando venceu o Flamengo de Romário e Washington Rodrigues na decisão da Supercopa.
Pior, a equipe vive uma longa crise, que culminou na recente saída do manager César Luis Menotti e do treinador Daniel Garnero. A equipe está em 18o lugar no campeonato argentino, e só se classificou para as semifinais após um medíocre 0 a 0 contra o fraquíssimo Tolima em casa, com a preciosa ajuda do árbitro paraguaio Carlos Amarilla.
Por incrivel que pareça o grande perigo aos brasileiros na Sul-Americana é a LDU. Que não é o time de Guerrón e Bolaños que venceu a Libertadores de 2008 nem a de Mendez e Bieler que venceu a Sul-Americana de 2009, ambas as vezes sobre o Fluminense. É outro time, muito bem montado pelo argentino Edgardo Bauza.
Mas ao mesmo tempo não deixa de ser parecido com aquelas duas equipes. É uma equipe que sabe se retrancar fora de casa e explora a altitude dentro de casa. Na semifinal, contra os bons argentinos do Newell's Old Boys, fizeram isso de novo. Seguraram o 0 a 0 fora e mataram o rival em casa. Chutaram de longe para complicar o bom goleiro Peratta com as variações na trajetória da bola, e no segundo tempo marcaram por pressão, explorando o cansaço dos rivais até conseguir o gol da vitoria, a 10 minutos do fim.
A LDU é perigosa, e os brasileiros ainda não aprenderam a enfrentar a altitude, mesmo Quito não sendo comparável a La Paz ou Oruro. O grande risco ao titulo brasileiro na Sul-Americana está aí.

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