segunda-feira, 11 de outubro de 2010

seleção de Mano vence mais uma

A Ucrânia não tem necessariamente um grande time de futebol, mas é um adversário respeitável, principalmente quando se está numa fase preparatória, em que o mais importante é observar jogadores e estabelecer um padrão tático. É o caso da seleção de Mano, em seu terceiro amistoso. Após triunfar sobre a razoável seleção dos EUA e bater o inexpressivo time do Irã, o Brasil foi mostrar seu samba no pé em relvados ingleses, num jogo caça-níqueis, mas de alta importância no atual contexto.

Sem Ganso, lesionado, quem assume a 10 é Carlos Eduardo. Falta-lhe a clarividência dos armadores, mas ele compensa com uma condução de bola qualificada além de sempre se apresentar para o jogo.

As boas notícias:

- a dupla de zaga, com Thiago Silva e David Luiz. Após 3 jogos, ninguém lembra mais de Lúcio e Juan. O entrosamento dos novos titulares surgiu por osmose, o que é raro.

- a lateral esquerda, com André Santos, homem de confiança de Mano. Seu substituto na partida contra a Ucrância, Adriano, pouco acrescentou. Uma questão: e Marcelo, do Real?

- temos volantes! Depois de longos e tenebrosos invernos tendo que aguentar Gilberto Silva e Felipe Mello na zona de contenção, hoje Mano escala Lucas e Ramíres, que marcam bem e sabem o que fazer quando têm a posse de bola. A saída de jogo melhorou sensivelmente em relação à equipe treinada por Dunga. E ainda tem Sandro à disposição!

- Alexandre Pato. Um genuíno craque brasileiro, descendente direto dos grandes centroavantes que já vestiram a camisa 9 brasileira.

O que pode melhorar:

- Robinho tem sido escalado para ser o principal ator da transição entre Dunga e Mano, mas o estrelismo inerente ao jogador do Milan é totalmente secundário. Na prática, não vem dando contribuição relevante.

- Elias não mostrou futebol para continuar sendo convocado. Por conhecê-lo bem, Mano ainda deverá dar nova oportunidades ao meia corinthiano.


Já sem a empolgação do primeiro amistoso, o time brasileiro mostrou confiança e bom toque de bola. Faltaram jogadas de infiltração, mas o 2 a 0 para o Brasil é uma boa fotografia da superioridade mostrada mais uma vez. Mano segue apostando num esquema de jogo que povoa o meio de campo, deixando apenas Pato no ataque. Aos poucos, o grupo vai sendo montado, mas ainda paira a dúvida sobre quais jogadores da malfadada "era Dunga" voltarão a ser convocados. Nomes como Júlio César, Maicon e Kaká ainda terão suas cadeiras cativas na seleção quando Mano desejar (e precisar) contar com a força máxima?

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