quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Chegou o Mano

Foi apenas um jogo, um amistoso fora de hora sem nenhuma importância. Em hipótese alguma um jogo para se tirar grandes conclusões. Mas já deu pra ver algo muito importante: o que Mano Menezes pensa como fórmula para sua seleção brasileira.
Pois o futebol brasileiro parece não conseguir se livrar de uma absurda discussão sobre futebol espetáculo X futebol de resultados. Como se em algum dia algum time tivesse entrado em campo achando que dar espetáculo era o mais importante, e vencer seria uma questão menor. Isso nunca existiu em nenhum tempo e espaço. Todos os times da história entraram em campo tendo a vitória como o objetivo supremo. O que muda é apenas a metodologia empregada para se alcançar o resultado esperado.
Há os que acham que para ganhar a melhor maneira é jogar o melhor futebol possível. E há os que acham que isso não é muito importante, e o que realmente decide são coisas como preparo físico, espírito de grupo, etc. Dunga estava claramente no segundo grupo, e durante quatro anos priorizou a atitude e o espírito de grupo sobre o futebol. E passava o jogo esperando que seu time resolvesse o jogo nos contra-ataques.
Mano sinalizou claramente que está no outro grupo. Quer os melhores jogadores se esforçando para jogar o melhor futebol possível. Depois de anos ouvindo falar em espírito guerreiro, união e patriotismo, ver um time que se preocupa apenas em jogar futebol já foi um delírio. Se os resultados virão, aí é outra história. Mas se é para perder, que seja assim. Perder sem jogar futebol, como no último mundial, é ainda pior.

Um comentário:

Leonardo Steno disse...

O desafio era complicado. Os americanos jogam juntos há tempo e estavam em sua casa. O time de Dunga teria encontrado sérias dificuldades para marcar gols.
O Brasil de Mano jogou com autoridade, num esquema moderno, no qual todos participam e se movimentam.
O começo é bom.

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