dias sul-americanos

Em menos de dois dias de copa, quatro equipes sul-americanas entraram em campo, e todas venceram. Uma coisa muito boa para o futebol do nosso continente, mas que também mostra como no mundo atual ficou muito mais dificil falar em estilos de futebol relacionados a determinadas partes do globo. Pois essas quatro equipes venceram utilizando estilos de jogo bem variadas.

O Brasil joga de forma muito forte, marca muito, tem muita força física e confia na habilidade de alguns jogadores e nas bolas paradas para vencer as partidas. Deverá ser um adversário muito dificil de ser batido, em especial na medida em que resolver suas dificuldades de criar jogadas perigosas.

A Argentina aposta em outra fórmula. Marcação mais avançada, sistema tático muito frágil e indefinido e grandes jogadores de ataque. Em certos aspectos os argentinos são exatamente o oposto do Brasil, com sua preparação tumultuada, seu desenho tático indefinido e a aposta na qualidade individual dos jogadores.

Uruguai aposta no conhecimento preciso de suas limitações. Venceu a África do Sul porque a adversária, ao contrário da França, não pressiona o adversário e espera um contra-ataque. Péssima estratégia contra os charruas, que se plantaram atrás, anularam com total facilidade as medíocres investidas sul-africanas. Além disso, finalmente conseguiram contra-atacar, comandados por Forlán (que foi surpreendentemente bem na articulação das jogadas) e Suarez, este último muitíssimo melhor que em sua apagada estréia. Marcação forte e contra-ataque, a base do sonho celeste de ressurgir para o futebol mundial.

O Chile me surpreendeu em duas frentes. Primeiro porque esperava o esquema favorito de Loco Bielsa com apenas três zagueiros e três homens de frente. O que não aconteceu, os chilenos entraram com uma linha de quatro defensores bem definida, com apenas Sanchez (o melhor em campo) e Beausejour a frente, com Valdivia chegando proximo a eles. A segunda surpresa foi o bom futebol. Mesmo descontando a fragilidade do adversário, deu pra ver que o Chile pode fazer uma campanha bem decente neste mundial, principalmente se Matias Fernandez melhorar e fizer o que dele se espera.