domingo, 5 de dezembro de 2010

o mundial-interclubes é logo ali


Antes de contextualizar, cabe uma assertiva histórica: os europeus nunca valorizaram o mundial-interclubes na mesma medida com que os sul-americanos sempre o fizeram. Acostumados a jogos caseiros, contra equipes vizinhas, cujos jogadores, técnicos e esquemas lhes são familiares, os times da Europa vão para o mundial com uma missão: ratificar a supremacia conferida pelo inerente poderio financeiro, o que, especialmente no futebol, nunca significou rigorosamente NADA.

Porque o futebol é diferente dos outros esportes. Aqui, o que vale não é o maior salário. Não é o “preço” de um time. Não é o holofote. No futebol, este amálgama de fatores, no qual o (fator) esportivo nem sempre é predominante, o que vale é o anátema da caixinha de surpresas, um ente diabólico e perene, que leva times pobres e desacreditados a derrubar gigantes, tal qual Davi contra Golias (na ausência de exemplo menos óbvio).

Então, vamos ao cenário atual.

Internacional de Porto Alegre, representante legítimo da América do Sul, deverá, a menos que o inimaginável se materialize, disputar a final contra a Internazionale de Milão, representando o continente europeu. O resto compete aos coadjuvantes. Aliás, o próprio colorado poderia ser tratado como coadjuvante, não fossem 1. o título de 2006, após superar quase milagrosamente o descomunal Barcelona, e 2. a fase preocupante pela qual passa a Inter de Milão, que, sob a batuta de Rafa Benítez, não convence ninguém desde que abocanhou a Champions League 2009/10.

cortesia: oleole.com
Se estivéssemos falando de esportes ordinários, cravaríamos sem titubear um título para os italianos, todavia, em se tratando do esporte dos bretões e das improbabilidades que sempre fizeram seu charme, é desinteligente cravar o palpite. O time gaúcho pode chegar ao bi, não há quem duvide, e, para tanto, contará com alguns talentos, jogadores que têm a confiança da torcida e que permitem à torcida colorada sonhar alto. D'Alessandro é o maestro. Giuliano tem a juventude - e o título de craque da Libertadores 2010. Sóbis é a esperança de um ataque forte, já que o artilheiro do time, Alecsandro, é contestado até os ossos. Bolívar é a segurança defensiva. Guinazu é o ídolo, em quem o torcedor confia para que o time mostre garra contra qualquer adversário, não importa a ocasião.

cortesia: uol.com.br
A Internazionale comparecerá com um elenco milionário, intercontinental, com craques que estiveram na Copa da África e faturam milhões de euros por mês. Sjeider, um holandês habilidoso, dono de uma visão de jogo rara, é o responsável pela criação de jogadas. Eto’o, o artilheiro camaronês, leva pânico a zagas adversárias, e merece cuidado redobrado. Lúcio, nosso velho xerife, é uma segurança defensiva, além de transmitir toda gana que lhe é peculiar. O calejado Cambiasso é um líder, argentino que sabe marcar como poucos e sai para o jogo com perfeição.

Os coadjuvantes que me perdoem, mas o duelo Europa x América do Sul é sempre aguardado, onde qualquer resultado é sempre aceitável.

Um comentário:

Miguel Angelo disse...

Votação nº5 já a decorrer.
Desta vez pretendemos passar a barreira dos 100 votos e para isso contamos com o seu contributo ao votar.

Passe lá no blog e vote sff:

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cumprimentos

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