sexta-feira, 26 de novembro de 2010

os craques de um brasileirão sem brilho

Os finalistas ao prêmio Craque do Brasileirão são escolhidos por jogadores, jornalistas, ex-jogadores e técnicos. Não são estipulados critérios técnicos para que se chegue a um nome: o eleitor deve indicar aqueles que, segundo suas impressões ao longo do campeonato, lhe pareceram os melhores em cada posição, vislumbrando um time armado no esquema 4-4-2. Há prêmios também para técnico, revelação e melhor jogador, além de melhor árbitro. 

Esta premiação acontece desde 2005, numa parceria entre Rede Globo e CBF, e a divulgação dos vencedores é feita numa cerimônia cheia de elegâncias e participações especias, transmitida ao vivo pelo Sportv, após o encerramento do campeonato brasileiro.

O que se percebe ao passar os olhos pela lista (no final do post), é que muito jogador foi parar ali sem o devido merecimento, não tendo mostrado a qualidade necessária para figurar entre os 3 melhores de sua posição.

Num primeiro momento, imagino que nem todo eleitor prestou atenção aos jogos, se é que assistiu ao mínimo necessário para votar qualificadamente. Ao colocar Léo Moura entre os melhores laterais, será que foram observadas suas qualidades no certame corrente? Parece que não. Alguns dos nomeados carregam consigo um passado de boas atuações, facilitando a lembrança quando os nomes fogem à memória e o cara precisa devolver os votos daqui a meia-hora. E Miranda, por que está entre os melhores zagueiros? Quem viu pelo menos 7 jogos do São Paulo, entende a questão.

Na lateral esquerda fica deflagrado um dos problemas mais sérios do futebol brasileiro na atualidade: não temos uma boa safra. Hoje, todo canhoto quer ser meia - função mais rentável e melhor remunerada que de lateral.

Os times bem-colocados na tabela devem, necessariamente, contar com mais representantes que os mal-colocados, mesmo quando os méritos de uma equipe são mais coletivos que individuais. Não deu outra. Cruzeiro e Corínthians estão cheios de indicações, embora algumas sejam mais por conveniência do que por mérito.
cortesia: estadao.com.br
Outra curiosidade está na posição 'meia pela direita': dois argentinos e um veterano brigam pelo ouro. Sinal de pouca renovação e de que Ganso fez falta a esse brasileirão de meias pouco criativos. Conca (foto), um dos indicados nesta posição, deverá faturar o prêmio de melhor jogador do campeonato. Justo, mas preferia ver talentos mais relevantes para o futebol brasileiro recebendo tal "honraria".

Enfim. Os nomeados são estes e, cá entre nós, o campeonato não foi tão bom. Apesar das disputas acirradas, a qualidade técnica esteve abaixo do desejado.

Melhor goleiro:
Fábio (Cruzeiro)
Jefferson (Botafogo)
Victor (Grêmio)

Melhor lateral-direito:
Jonathan (Cruzeiro)
Léo Moura (Flamengo)
Mariano (Fluminense)

Melhor zagueiro pela direita:
Alex Silva (São Paulo)
Chicão (Corinthians)
Dedé (Vasco)

Melhor zagueiro pela esquerdaLeandro Euzébio (Fluminense)
Miranda (São Paulo)
Réver (Atlético-MG)

Melhor lateral-esquerdo:
Kleber (Internacional)
Diego Renan (Cruzeiro)
Roberto Carlos (Corinthians)

Melhor volante pela direita:Fabrício (Cruzeiro)
Jucilei (Corinthians)
Willians (Flamengo)

Melhor volante pela esquerda:Arouca (Santos)
Elias (Corinthians)
Marcos Assunção (Palmeiras)

Melhor meia pela direita:
D'Alessandro (Internacional)
Montillo (Cruzeiro)
Paulo Baier (Atlético-PR)

Melhor meia pela esquerda:
Bruno César (Corinthians)
Conca (Fluminense)
Douglas (Grêmio)

Atacante 1:
Eder Luis (Vasco)
Jonas (Grêmio)
Thiago Ribeiro (Cruzeiro)

Atacante 2:
Kleber (Palmeiras)
Loco Abreu (Botafogo)
Neymar (Santos)

Melhor técnico:Cuca (Cruzeiro)
Muricy Ramalho (Fluminense)
Renato Gaúcho (Grêmio)

Reveleção:
Bruno César (Corinthians)
Dedé (Vasco)
Neto (Atlético-PR)

Melhor árbitro:
Carlos Eugênio Simon (RS)
Paulo Cesar Oliveira (SP)
Sandro Meira Ricci (DF)

Craque da Galera:
Bruno César (Corinthians)
Conca (Fluminense)
Dedé (Vasco)

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