segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Espanha mudará o jeito do mundo jogar bola? Não.

Porque uma copa do mundo não tem mais o mesmo impacto sobre o futebol global como tinha há 20 anos. Graças à tevê a cabo, ao youtube, ao tempo real, já sabemos como jogam os times do mundo inteiro antes da copa nos apresentar as novidades.

Com os recursos midiáticos atuais, a Holanda de Rinus Michels, que modificou o jeito de jogar futebol em 1974, não assustaria tanto. Já saberíamos o que esperar, pois o time do Ajax, a base daquela seleção, já teria sido dissecado nas transmissões das ligas européias bem antes da copa.

E a Espanha de 2010 não passa de um Barcelona piorado. Um Barça sem Messi - o responsável pelo acabamento. E sem seu protagonista, torna-se um time cujo estilo de jogar privilegia o anticlímax. Um tipo de jogo que já conhecemos e, se não praticamos, não é porque não conseguimos, é porque não gostamos – ou porque nos faltaria Messi...

Então é correto afirmar que o futebol espanhol não influenciará em nada o modus operandi dos treinadores, assim como a Itália de 2006 e o Brasil de 02. Porque o futebol já embarcou na via-expressa de mão única conhecida como ‘globalização’. Ninguém se surpreende com mais nada. É um tempo de convicções, onde jogar para frente, para os lados ou para trás, é apenas a opção de cada um. Depende dos recursos disponíveis.


Sim, gostaríamos de ver revoluções ocorrendo a cada 4 anos. Mas precisaria que uma seleção se mantivesse treinando em segredo entre uma copa e outra, até alcançar o patamar mais alto a que se pode chegar no futebol. Não será com a subjetividade de Iniesta e Xavi, amparada em vitórias circunstanciais, que o mundo será diferente. Não há nada de novo no front.

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