quinta-feira, 10 de junho de 2010

vuvuzelas e afins

Aqui onde trabalho criamos um bolão para a Copa. Não é novo, vai para a 3a edição, e foi concebido para substituir aquele formato de apostas mais simples, que consiste em, simplesmente, dizer quem será o campeão. Isso não funciona bem em copas, pois 80% dos participantes joga suas fichas no Brasil. Sem graça.

Funciona assim: cada um recebe a tabela completa da copa e assinala seus palpites, onde o placar é irrelevante, como se fosse a Loteca. A pontuação começa baixa e vai aumentando a cada fase. É claro que acertar o campeão vale mais, entretanto, é possível faturar o prêmio mesmo errando a seleção campeã. Privilegiamos, assim, a competitividade, pois a cada rodada da copa a classificação do bolão pode oscilar.

Fiz 2 apostas.

Em nenhuma delas deu Brasil campeão. Na segunda tabela, que preenchi ontem, o time de Dunga cai nas quartas de final, pra Holanda, que, depois de superar tamanho desafio, fatalmente conquista sua primeira copa. Na final, encontra a Alemanha, de quem eu nunca duvido e que não tem atraído os mesmos holofotes que outras seleções, mais cotadas, atraem para si. Repetindo 74, desta vez os holandeses, finalmente, fariam sua técnica superar a força pragmática germânica.

Não estou dizendo, com isso, que não creio no capitão Lúcio erguendo a taça, lá no dia 11 de julho. Pelo contrário. Quando aposto que seleções menos favoritas ao título vão chegar lá, estou apenas olhando para as outras copas e lembrando quem deveria tê-las conquistado e não o fez. E o Brasil é o grande favorito de 2010. É quem tem o retrospecto mais favorável, inegavelmente. A Espanha, a outra favorita, tem uma história recheada de derrotas imprevistas, embora tenha um trabalho brilhante e seja a atual campeã da Europa.

Os dois campões continentais são, justamente, os principais favoritos à conquista.

Mas a história moderna do futebol quebra favoritismos. Consideremos ‘moderna’ o que acontece de 82 em diante (até porque a copa em questão ainda está muito viva para todos).
Segue, nesta ordem:
[ano da copa] - [favorito] - [quem ganhou]
  • 82 – Brasil – Itália
  • 86 – Alemanha – Argentina
  • 90 – Itália – Alemanha
  • 94 – Argentina – Brasil
  • 98 – Holanda/Brasil – França
  • 02 – França – Brasil (os franceses caíram na 1a fase sem conseguir marcar gol, dando um novo significado ao termo ‘fiasco’)
  • 06 – Brasil – Itália
Há quem diga (e eu até faço coro, às vezes, pois tem fundamento) que o Brasil é favorito em todas, mas prefiro fugir desta supervalorização do futebol brazuca em nome do bom-senso, um mal necessário.

2 comentários:

★☆ J. J. ©Øß ☆★ disse...

Só acho esse favoritismo do Brasil meio exageraqdo!
A Argentina vem bem, apesar de não parecer. Tem várias seleções que apesar de um mau início, vem paulatinamente melhorando!
Então, o negócio é ganhar nem que seja de um a zero de pênalty roubado ou com gol de mão!

Jeferson Cardoso disse...

A vuvuzela já faz parte de minha rotina e os meus filhos fizeram a maior festa com ela na estréia do Brasil.
Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com

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