sexta-feira, 11 de junho de 2010

Copa do Mundo, Dia 1

Não foi um dia de grandes jogos. Mas a copa do mundo começou!

África do Sul e México fizeram uma partida com dois tempos bem distintos. No primeiro, o México foi bem superior, com destaque para Giovani dos Santos, que atropelou seus marcadores. Não fosse a inoperância de Gille Franco (inexplicavelmente Javier Aguirre o preferiu a Chicharito Hernandez) e a partida algo apagada de Carlos Vela, os mexicanos poderiam ter chegado ao intervalo com vantagem.

No segundo tempo Parreira arrumou seu time. Uma substituição precisa na defesa e uma reorganização tática ajudaram a anular o envolvente ataque mexicano. Os Bafana-Bafana marcavam bem e contra-atacavam com perigo. Assim fizeram seu belo gol e perderam duas chances incríveis que poderiam ter resolvido o jogo, uma delas aos 89 minutos. Mas em uma incrível bobeada de seu capitão acabaram tomando o empate, gol de Rafa Marquez. Completamente injusto para aquele momento da partida, em que os sul-africanos eram bem melhores, mas o empate ficou de bom tamanho pelo que se viu no conjunto dos 90 minutos.

O duelo da tarde foi bem diferente, muito mais travado. A França entrou com a mesma proposta tática de 2006, marcação meia pressão, retomada rápida de bola e valorização da posse de bola. Os jogadores ficavam distribuidos em campo em um 4-2-3-1, com Toulalan e Diaby como volantes, o apagado Govou pela direita, Gourcuff centralizado e Ribery na esquerda, com Anelka isolado na frente. A Celeste entrou em campo para contra-atacar, com um 3-5-2 que na verdade era um 5-3-2, com os dois Pereiras funcionando no papel de laterais com liberdade para atacar. Como Perez e Arevalo nao saíam da frente da zaga, e Nacho Gonzalez falhou clamorosamente na missão de organizar o time, Forlán e Suarez ficaram completamente isolados na frente.

Esse desenho configurou toda a partida. Os franceses tiveram a posse da bola, mas não conseguiram criar chances importantes. Os uruguaios não conseguiam contra-atacar, pela falta de qualidade no meio de campo. Quando Tabares sacou o apagado Gonzalez para dar lugar a Nico Lodeiro, parecia que o Uruguai sairia para o jogo. Durante alguns minutos os orientais foram melhores, e Forlán quase marcou. Mas a jovem promessa uruguaia foi imbecilmente expulso, depois de meros 14 minutos em campo. O Uruguai se trancou de vez, deixando Forlan e Loco Abreu perdidos na frente e os outros 7 jogadores na área. A partida terminou sem emoções, já que os franceses se mostravam incapazes de transformar a posse da bola em oportunidades de gol.
O grupo se mostrou bastante equilibrado. Os mexicanos parecem ter o time mais técnico, os uruguaios tem a marcação mais sólida, os sul-africanos mostraram que podem exercer o mando de campo, e os franceses tem os maiores recursos à disposição, mas as escolhas bizarras de seu técnico impedem que os Bleus sobrem no grupo. Tudo aberto no grupo A.

Memória da Copa
Há 52 anos Brasil e Inglaterra realizavam o primeiro 0 a 0 da história das copas. Ainda sem Pelé e Garrincha o Brasil não mostrara ainda cara de campeão. E há 24 anos Marrocos batia Portugal espetacularmente por 3 a 1, mandava os portugueses de volta para casa e fazia história, se transformando na primeira seleção africana a alcançar a segunda fase de uma copa do mundo.

Um comentário:

Leonardo Steno disse...

O grupo A é parelho, mas não tem nenhum candidato ao título.
esperava mais de Uruguai x França.
Soares conseguia segurar um pouco a bola na frente e cavava algumas faltas. Após sua saída, os uruguaios não chegaram mais ao ataque.
Lembro de 2 chances de gol, 1 pra cada lado, o que é um banho de água fria para quem esperava um grande jogo.

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