independiente x goiás: uma comédia de erros

Começo este post querendo falar sobre o jogo que vi ontem, pela final da Copa Sul-americana, entre Independiente e Goiás. Mas ao tentar concatenar as impressões colhidas ao longo da pelea, percebo que, apesar das emoções que se fizeram presentes, não se viu muita coisa, tecnicamente falando. As duas equipes apresentaram futebol precário, sendo que o time goiano mostrou por que foi rebaixado para a série B do Brasileirão.

Dois princípios:

• Primeiramente, quando um jogador domina a bola na metade defensiva do gramado, espera-se que erga a cabeça e realize um passe, de preferência visando ao setor de criação de sua equipe. Se isto for difícil, aceita-se um passe lateral, para o companheiro mais próximo. Alguns jogadores com boa visão de jogo e qualidade acima da média, investem em passes longos, que, quando bem executados, podem furar bloqueios. No jogo de Avellaneda, a primeira opção foi o chute para a frente, sem direção, desferido com a intenção de se livrar da redonda. A segunda opção era subir ao ataque com a bola dominada, o que raramente resulta em boas jogadas de ataque.

• Quando um defensor está sozinho em sua zona de conforto e a bola vai em sua direção, exige-se que ele tenha o discernimento para tomar uma decisão voltada a manter seu time longe de riscos, pois é sabido que zagueiros têm, invariavelmente, pouca habilidade com a bola nos pés. Assim, é inadmissível não observar seus companheiros antes de cabecear para a lateral, o que sifgnifica perder a posse de bola, cedendo-a desnecessaria e perigosamente ao adversário. Pois era assim que os zagueiros de Independiente e Goiás trabalhavam.

O placar de 3 a 1 para o time da casa não traduz a ruindade do confronto. A decisão nos pênaltis, que deu o título para o tradicional Independiente, levou o torcedor às lágrimas, além de favorecer o Grêmio, que viu a vaga na Libertadores 2011 cair no seu colo após alcançar a 4a posição no Brasileirão 2010.