Ok, queremos ganhar todas e se tivermos que perder um jogo, que não seja para a Argentina. Esta é a mentalidade predominante. Cumpre, entretanto, observar que o trabalho de Mano Menezes é insipiente. Ainda estamos na fase de observações, testes, experiências. O jogo de ontem foi importante para que o técnico brasileiro observasse uma formação tática diferente da que ele vinha experimentado. Motivado pela ausência de Alexandre Pato, a equipe foi a campo sem o homem de área. O placar final é secundário, o mais prático é poder afirmar que, tendo em Robinho o avante mais adiantado, a seleção perde em poder de infiltração. Foram raras as conclusões do interior da área.
As outras apostas ofensivas eram Neymar e Ronaldinho Gaúcho. O menino da Vila não teve a atuação esperada, mas levava perigo quando partia para cima dos marcadores. O problema era que não havia a referência dentro da área, e as iniciativas de Neymar acabavam invariavelmente controladas pela defesa ou em tentativas suas de cavar falta.
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O amistoso também serviu para mostrar que Lucas é o dono da função que durante muitos invernos pertenceu a Gilberto Silva. O volante do Liverpool tem um desarme perfeito, limpo, além do bom passe que arredonda a saída de jogo. Na lateral direita, Maicon parece ter bailado. Daniel Alves assumiu a titularidade, além de contar com uma arma poderosa: suas cobranças de falta. No jogo de ontem, Ronaldinho assumiu esta responsabilidade, mas isto deveria competir ao lateral, bem mais preparado e perigoso. Na esquerda, Mano deveria buscar uma alternativa ao bom André Santos. Marcelo, do Real, poderia ser o nome certo.
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No âmbito geral, as duas seleções mostraram bom futebol. O trabalho de Mano continua merecedor de uma boa nota, mas é fundamental abrir os olhos com Robinho e parar de confiar cegamente em seu futebol. Vê-lo com a camisa 9 e ainda com a braçadeira de capitão, não é o ideal para quem busca renovação atrelada a competitividade.
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