Foi apenas um jogo, um amistoso fora de hora sem nenhuma importância. Em hipótese alguma um jogo para se tirar grandes conclusões. Mas já deu pra ver algo muito importante: o que Mano Menezes pensa como fórmula para sua seleção brasileira.
Pois o futebol brasileiro parece não conseguir se livrar de uma absurda discussão sobre futebol espetáculo X futebol de resultados. Como se em algum dia algum time tivesse entrado em campo achando que dar espetáculo era o mais importante, e vencer seria uma questão menor. Isso nunca existiu em nenhum tempo e espaço. Todos os times da história entraram em campo tendo a vitória como o objetivo supremo. O que muda é apenas a metodologia empregada para se alcançar o resultado esperado.
Há os que acham que para ganhar a melhor maneira é jogar o melhor futebol possível. E há os que acham que isso não é muito importante, e o que realmente decide são coisas como preparo físico, espírito de grupo, etc. Dunga estava claramente no segundo grupo, e durante quatro anos priorizou a atitude e o espírito de grupo sobre o futebol. E passava o jogo esperando que seu time resolvesse o jogo nos contra-ataques.
Mano sinalizou claramente que está no outro grupo. Quer os melhores jogadores se esforçando para jogar o melhor futebol possível. Depois de anos ouvindo falar em espírito guerreiro, união e patriotismo, ver um time que se preocupa apenas em jogar futebol já foi um delírio. Se os resultados virão, aí é outra história. Mas se é para perder, que seja assim. Perder sem jogar futebol, como no último mundial, é ainda pior.
Um comentário:
O desafio era complicado. Os americanos jogam juntos há tempo e estavam em sua casa. O time de Dunga teria encontrado sérias dificuldades para marcar gols.
O Brasil de Mano jogou com autoridade, num esquema moderno, no qual todos participam e se movimentam.
O começo é bom.
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